No distrito de Camaçari, as bocas são dominadas por quem a polícia chama de “molecada” - jovens entre 16 e 20 anos
O caminho é conhecido: sem perceptiva, adolescentes buscam no tráfico o modo mais rápido de ter dinheiro e posição. Em Vila de Abrantes, na Região Metropolitana de Salvador, as bocas são dominadas por quem a polícia chama de “molecada” - jovens entre 16 e 20 anos que tentam ocupar o lugar dos “patrões” presos ou foragidos.
Os literalmente novos líderes do tráfico em Abrantes vêm aterrorizando a comunidade e na madrugada de terça um confronto entre bandidos e policiais terminou com três suspeitos mortos. Horas depois, durante um segundo, tiroteio entre rivais, o operário Zailton dos Santos foi atingido por uma bala perdida no quintal de sua casa e morreu.
Disputa No bairro de Nova Abrantes, o bando comandado por Ginevaldo Brito Santos, o Gil, e Anderson Paixão de Souza, o Rincha, ambos de 20 anos, briga para manter a hegemonia diante dos ataques constantes do grupo de Romildo Ribeiro de Souza, o Fio, 19 - que domina a região de Fonte da Caixa, e da quadrilha de Queixo, da localidade de Estivas de Buris.
Segundo a polícia, os parceiros Gil e Rincha passaram de meros usuários a donos de “bocas” após a saída de Jack, expulso da área por rivais.
No lado oposto, Fio chegou ao comando do grupo após a prisão de Cássio dos Santos Oliveira, que está custodiado no Presídio de Lauro de Freitas. Jovens identificados como Nana, Bodão, Vando e Alanzinho fazem parte do grupo.
Para tentar derrubar Gil e Rincha, Fio tem contado ultimamente com o apoio de Queixo, que recebia droga de Manga Rosa, traficante de Portão que desapareceu da região sem que ninguém - nem a polícia - soubesse do seu destino. Durante o confronto de terça, Osvaldo Fernando dos Santos, o Neguinho, 17, Paulo César Fernandes Filho, 19, e um adolescente identificado apenas como Michel foram mortos por policiais militares da Rondas Especiais (Rondesp). Segundo policiais da 26ª Delegacia, em Vila de Abrantes, todos eram do grupo de Queixo.
Mesmo com a baixa, o bando retornou horas depois para Nova Abrantes e trocou tiros com o grupo de Gil, o que terminou vitimando o ajudante de pedreiro Zailton.
A área onde ocorreram os tiroteios é a mais atingida pela disputa por pontos de comércio de droga. Segundo policiais, para se proteger dos ataques, Gil e Rincha têm adotado a estratégia de atrair garotos entre 14 e 16 anos.
“Macaquinho é um exemplo. Tem 16 anos, mas é muito perigoso. Franzino, faz estrago se estiver de posse de uma pistola”, disse um policial militar da Rondesp, durante patrulhamento na comunidade.
De acordo com moradores, foi Macaquinho, junto com o jovem conhecido como Corcunda, que ordenou o fechamento de escolas e postos de saúde na manhã de terça, após os tiroteios da madrugada. Além deles, Rafael Martins de Oliveira, o Foguinho, 19, e Francisco Mário Souza, o Mauro, 19, também são do bando de Gil e Rincha.
Disputa No bairro de Nova Abrantes, o bando comandado por Ginevaldo Brito Santos, o Gil, e Anderson Paixão de Souza, o Rincha, ambos de 20 anos, briga para manter a hegemonia diante dos ataques constantes do grupo de Romildo Ribeiro de Souza, o Fio, 19 - que domina a região de Fonte da Caixa, e da quadrilha de Queixo, da localidade de Estivas de Buris.
Segundo a polícia, os parceiros Gil e Rincha passaram de meros usuários a donos de “bocas” após a saída de Jack, expulso da área por rivais.
No lado oposto, Fio chegou ao comando do grupo após a prisão de Cássio dos Santos Oliveira, que está custodiado no Presídio de Lauro de Freitas. Jovens identificados como Nana, Bodão, Vando e Alanzinho fazem parte do grupo.
Para tentar derrubar Gil e Rincha, Fio tem contado ultimamente com o apoio de Queixo, que recebia droga de Manga Rosa, traficante de Portão que desapareceu da região sem que ninguém - nem a polícia - soubesse do seu destino. Durante o confronto de terça, Osvaldo Fernando dos Santos, o Neguinho, 17, Paulo César Fernandes Filho, 19, e um adolescente identificado apenas como Michel foram mortos por policiais militares da Rondas Especiais (Rondesp). Segundo policiais da 26ª Delegacia, em Vila de Abrantes, todos eram do grupo de Queixo.
Mesmo com a baixa, o bando retornou horas depois para Nova Abrantes e trocou tiros com o grupo de Gil, o que terminou vitimando o ajudante de pedreiro Zailton.
A área onde ocorreram os tiroteios é a mais atingida pela disputa por pontos de comércio de droga. Segundo policiais, para se proteger dos ataques, Gil e Rincha têm adotado a estratégia de atrair garotos entre 14 e 16 anos.
“Macaquinho é um exemplo. Tem 16 anos, mas é muito perigoso. Franzino, faz estrago se estiver de posse de uma pistola”, disse um policial militar da Rondesp, durante patrulhamento na comunidade.
De acordo com moradores, foi Macaquinho, junto com o jovem conhecido como Corcunda, que ordenou o fechamento de escolas e postos de saúde na manhã de terça, após os tiroteios da madrugada. Além deles, Rafael Martins de Oliveira, o Foguinho, 19, e Francisco Mário Souza, o Mauro, 19, também são do bando de Gil e Rincha.
Sepultamento Enquanto moradores de Abrantes tentam manter a rotina, parentes e amigos de Zailton participaram ontem do enterro de seu corpo, no Cemitério de Abrantes. Antes, realizaram uma caminhada para cobrar uma solução para o caso e pedir paz na região. “Foi só o tempo de ele pegar as roupas do varal. Começou a ter muito tiro e meu marido foi atingido no peito”, contou a mulher da vítima, Roberta da Paixão
Fonte: Correio da Bahia